Famílias organizadas na Rua do Livramento, 186 e 192, com processo judicial em andamento no Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública, tiveram suas casas destruídas através de um mandato judicial, sem aviso prévio, sem indenização e prazo “zero” para mudança, justificado pela negociação feita com algumas famílias que já não estavam mais ocupando a área.
Muitas pessoas não se encontravam em suas casas no momento do despejo (funcionários da prefeitura chegaram com máquinas e executaram a demolição das casas). A Polícia Militar estava presente e agiu junto com um oficial de justiça de forma truculenta, impedindo qualquer possibilidade de resistência. Próximo do recesso do Fórum, no final do ano, a prefeitura e a CDURP (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto) agem de forma desumana.
Esta secretaria municipal de Habitação não tem nenhum comprometimento com o direito à moradia dos moradores da área portuária. Em plena discussão do Plano Municipal de Habitação, esta prefeitura, sem escrúpulos, aumenta o déficit habitacional da cidade, violando direitos humanos sem nenhum constrangimento. Estas famílias, que hoje estão sem casa, são famílias que estavam mobilizadas desde o início do ano e contavam com a justiça, com a possibilidade de fazer parte deste projeto Porto Maravilha. Maravilha para quem, secretário Jorge Bittar?