Localizado no sopé do Corcovado e do morro Dona Marta, o Cosme Velho ocupa a parte mais alta do vale do rio Carioca. No bairro, moraram os escritores Machado de Assis e Euclides da Cunha, o pintor Candido Portinari e os poetas Manuel Bandeira e Cecília Meireles, entre outras personalidades. Lá estão o Museu Internacional de Arte Naïf, o Largo do Boticário, a Bica da Rainha e o trem que leva turistas para o Corcovado.
Tanto o bairro como a rua principal levam o nome de Cosme Velho Pereira, comerciante português que morou no século XVIII em uma chácara no Vale das Laranjeiras, nas encostas do Corcovado.
A chácara de Cosme Velho era banhada pelo rio Carioca, que ainda hoje corre pelo local. A Bica da Rainha é uma fonte do século XIX e leva esse nome porque era ali que a rainha Maria I (“a louca” – 1734/1816) e a futura, D. Carlota Joaquina (1775/1830), iam beber águas ferruginosas, que teriam propriedades medicinais e deram o nome antigo do bairro, “Águas Férreas”.
Já o Largo do Boticário – sete casas com arquitetura neocolonial dos séculos XIX e XX, próximo à estação de trem do Corcovado.
Desde 1995, o Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil funciona no bairro, que faz divisa com Santa Teresa, Laranjeiras e Botafogo.
Machado de Assis – que também ficou conhecido como o Bruxo do Cosme Velho – morou em uma casa (foi demolida) na Rua Cosme Velho 18.
Curiosidade: reza a lenda que em um belo dia do século XVI um homem construiu sua casa de pedra e os índios que habitavam o local, ao vê-la, chamaram a casa de “carioca”, que, em Tupi-Guarani, significaria “casa do branco” [(kari’oka) – kari`= branco; oka = casa]. O nome teria se espalhado e batizado não só o rio do bairro que banha a cidade como seus habitantes que se beneficiavam dele.
Inaugurada na época do Império, a Estação de Ferro do Corcovado leva turistas até a estátua do Cristo Redentor, no alto do Corcovado.
Foto: Casa Leuzinger – 1864/70.