Fachada do Paço Imperial, número 48 da Praça Quinze de Novembro, no Centro da cidade. Construído em estilo Barroco, entre 1738 e 1743, no local funcionou a antiga Casa da Moeda. Na fundição, era processado o ouro vindo das Minas Gerais. As moedas foram cunhadas ali até 1814. Foi chamado de Palácio dos vice-reis e, com a mudança da Família Real da Bahia para o Rio, passou a se chamar Paço Real . Quando o endereço se tornou sede administrativa do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves em 1822, finalmente recebeu o nome de Paço Imperial. Atualmente é um Centro Cultural, onde são feitas exposições, além de dispor de uma biblioteca de arte e arquitetura (Biblioteca Paulo Santos). No térreo, funcionam restaurantes e uma livraria.
O Paço foi moradia de governadores e vice-reis, sede do reino, centro administrativos do Império no Primeiro e Segundo Reinados re repartição pública no período republicano. Antes da mudança para o Paço de São Cristóvão, os membros da família do príncipe regente Dom João ocupavam o andar térreo, enquanto no piso superior se alojavam os fidalgos da corte.
Nessa época, as paredes externas ostentavam a cor amarela do Império, e na fachada se destacavam os balcões de ferro pintados de dourado. O piso na entrada do térreo é revestido de pedra de lioz, uma espécie de mármore português que servia de lastro aos navios. Tombado pelo patrimônio histórico em 1938, serviu como agência central dos Correios e Telégrafos até 1982, quando foi restaurado pelo IPHAN e voltou a ostentar a feição barroca de 1818, passando a funcionar como Centro Cultural.
Foto: vestígios dos fornos e da chaminé da Casa da Moeda, fundição construída em 1698, funcionando no local até 1814, quando foi transferida para a atual Avenida Passos / Divulgação