Era agosto de 1960 quando Simone de Beauvoir posou, com personalidade, para um registro fotográfico ao lado de Jean-Paul Sartre, em Copacabana. Na passagem de mais um Dia Internacional da Mulher, publicamos a imagem de um ícone do movimento feminista que cunhou a frase “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. A viagem ao Rio teve objetivo filosófico e político: divulgar as atrocidades cometidas na Guerra da Argélia pela França e difundir, entre os brasileiros, a Revolução Cubana. Simone é autora de “O Segundo Sexo”, um clássico da literatura feminista que faz uma reflexão, com profundidade teórica, sobre a condição da mulher na sociedade questionando mitos femininos disseminados pela cultura. Dona de uma vida livre ao lado de Sartre, Simone dizia: “Vivemos amores necessários e contingentes.”. Ao morrer aos 78 anos de pneumonia, foi enterrada ao lado do companheiro em um túmulo no Cemitério de Montparnasse, em Paris.
Os anos se passaram mas homens ainda ganham mais que as mulheres no mercado brasileiro. Dados do IBGE divulgados em maio do ano passado informam que a diferença salarial subiu para 25%. Enquanto cresceu a participação da mulher como força de trabalho, para o patamar de 42,1%, a média salarial dos homens era de 3,5 salários mínimos, enquanto a média referente às mulheres era 2,8 salários, segundo dados do Cadastro Central de Empresas, do IBGE, apurados em 2010.
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