A cidade do Rio de Janeiro viveu, no começo do século XX, um boom de projetos e construções a exemplo do que ocorre agora por conta da Copa do Mundo e das Olímpiadas em 2016. Para festejar 100 anos de indepedência do Brasil, foi organizada a Exposição Internacional de 1922. Montar parte da estrutura da grande feira foi o argumento oficial para a demolição do Morro do Castelo com a utilização de potentes jatos de água. Segundo, Carlos Sampaio, prefeito na época, o principal motivo da exposição era provar ” ao mundo civilizado não só que nós tínhamos arquitetos de valor, mas que também tinhamos uma arte nacional que podia ser devidamente apreciada por nacionais e estrangeiros”.
Pavilhões de diversos países foram construídos, como o da França na foto ao lado, que hoje abriga a Academia Brasileira de Letras. Mas muitas construções acabaram sendo demolidas, o que gerou debates e críticas sobre o alto custo do evento, assunto que ganhou as páginas da mídia.
A exposição de 1922 ocupou uma considerável área do centro do Rio de Janeiro, estendendo- se do Passeio Público, primeira área de lazer do Rio que foi construído em 1783, até a Ponta do Calabouço, próxima ao Largo da Misericórdia. A exemplo do Palácio Monroe que foi demolido, o Palácio das Festas, que aparece na foto ao lado, foi construído para a exposição mas acabou sucumbindo ao processo do bota-abaixo responsável pelo desaparecimento de um sem-número de prédios antigos.