“(…) Hoje temos uma dívida em títulos que supera a cifra de R$ 2,2 trilhões, mais de 70% do PIB do país, com uma carga líquida anual de juros sempre superior a R$ 150 bilhões. Ou seja: além de o montante dessa dívida continuar a subir de forma astronômica, há um comprometimento crescente da maior parte do orçamento público da União com o pagamento de juros e amortizações. No exercício de 2009, por exemplo, 36% desse orçamento foram gastos com essa finalidade. Ao mesmo tempo, áreas consideradas estratégicas, como a saúde ou a educação, foram contempladas, respectivamente, com menos de 5% e de 3% desse mesmo orçamento.
Essa é a realidade que Dilma e Serra não querem debater. Mas, essa é uma questão que não deixará de ser enfrentada no próximo governo. Até porque, por força da valorização do Real – decorrente da permanente pressão produzida pelos dólares que entram no país – voltamos a ter déficits em nossas transações com o exterior, o que nos torna ainda mais vulneráveis à necessidade de financiamento em dólares.(…)”.
Retirei este trecho de uma longa análise sobre a conjuntura econômica feita por Paulo Passarinho, economista e conselheiro do CORECON/RJ. Às vésperas do segundo turno, vale a pena ler o artigo que faz uma retrospectiva da trajetória econômica do Brasil desde 1994. Leia o artigo na íntegra aqui.
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